I once listened to an entire podcast featuring a renowned neuroscientist in Brazil. This neuroscientist argued that free will does not exist and that scientific evidence supports this claim.
He stated that genetics play a fundamental role in shaping an individual’s habits. Because of this, people tend to choose what they are predisposed to choose based on their genetic makeup. For example, let's say John has an alcoholic father who drank heavily even before John was conceived. As John grows up, he will have a predisposition to liking alcohol—not only because his environment may influence him, but also because his genetics already push him in that direction. Now, considering that alcohol can have many negative effects, such as being linked to violence, depression, lack of focus, and anxiety, it is highly likely that John will experience situations involving these aspects, even if he does not actively choose them—simply because his father was an alcoholic.
The same principle can be applied to food. In this case, let’s disregard genetics. Imagine that Jane was raised in a household where her parents allowed her to eat a lot of sweets and processed foods, and she also led a sedentary lifestyle. By the age of 16, Jane is obese, just like her parents. Are her food choices truly a product of free will, or are they simply a reflection of how she was raised?
These examples illustrate how complex the concept of free will is. Even when we believe we are making choices freely, our genetics and habits are actually making them for us. Thus, it is not a conscious choice but a conditioned one.
Created on Chat GPT
I remember that when my brother was about 7 or 8 years old, he started showing an interest in men’s jewelry—rings, bracelets, and chains. Neither my parents nor I had a culture of wearing jewelry. But my brother is adopted, and my parents know his biological family. The men in his biological family all have the habit of wearing jewelry. Additionally, most of them work in hands-on professions such as mechanics, construction, or woodworking. Despite being raised by my parents with no contact with his biological family, my brother is following the same path. What explains this? Could he have made different choices from the ones he has made so far?
This is a topic I truly enjoy reflecting on because I see real-life examples of it. Free will does not exist.
We will always make choices based on what we are conditioned to do by our genetics, family culture, and habits. I don’t believe it is possible to swim against this current. The best we can do is resist our predispositions, but the desire will always be there. And the mere fact that this desire exists means that there is something powerful within us, pushing us toward certain paths in life—without us ever truly having a choice.
Portuguese
Uma vez ouvi um podcast inteiro em que o convidado era um neurocientista famoso no Brasil. Esse neurocientista em questão, falava sobre como não acreditava que o livre arbítrio existe, e que existiam provas científicas que confirmavam isso.
O que ele afirmava é que a genética era fundamental para determinar os hábitos de um indivíduo, e que por causa disso, as pessoas tendem a escolher aquilo que elas estão predispostas a escolher por causa da genética. Por exemplo: digamos que John tem um pai alcoólatra, que já bebia muito antes mesmo de John ser concebido. John, na medida que for crescendo, terá uma predisposição a gostar de álcool, não só porque o ambiente pode influenciá-lo, mas também a própria genética já o faz. Agora, levemos em conta que o álcool pode trazer muitos malefícios, ele pode ser associado a violência, depressão, falta de concentração e ansiedade. É muito provável que John passe por alguma situação que envolva esses aspectos, mesmo que ele não escolha diretamente, simplesmente porque seu pai era alcoólatra.
A mesma coisa, pode ser utilizada em relação a comida. Nesse caso, pensemos no exemplo em que a genética seja desconsiderada. Imagine que Jane foi criada de uma maneira que seus pais permitiam que ela comece muitos doces, comidas processadas, e além disso, sempre teve uma vida sedentária. Aos 16 anos, Jane é obesa, assim como seus pais. As escolhas sobre alimentação que ela faz através disso, ela o faz por ter livre arbítrio ou porque a forma que ela foi criada a influencia a fazer essas escolhas?
Esses exemplos são para exemplificar o quanto o conceito de livre arbítrio é complicado. Porque mesmo quando acreditamos que estamos tendo liberdade de escolha, na verdade nossa genética e hábitos estão fazendo a escolha por nós. Logo, não é uma escolha consciente, é uma escolha condicionada.
Lembro que quando meu irmão tinha cerca de 7 ou 8 anos, ele começou a demonstrar interesse por joias masculinas, como anéis, pulseiras, e cordões. Meus pais e eu nunca tivemos essa cultura de usar jóias. Mas, acontece que meu irmão é adotado, e meus pais conhecem a família biológica dele. E os homens da família, todos têm o hábito de usar jóias. Além disso, a maioria trabalha em empregos com aspectos manuais como: mecânico, pedreiro, marceneiro. Meu irmão, mesmo sendo criado pelos meus pais, e sem nenhum contato com a família biológica, está seguindo o mesmo caminho. O que explica isso? Será que meu irmão poderia fazer escolhas diferentes das que ele tem feito até agora? Esse assunto é algo que realmente gosto de refletir, porque consigo ver exemplos práticos. O livre arbítrio não existe.
Faremos as escolhas que estamos condicionados a fazer de acordo com nossa genética, nossa cultura familiar e hábitos. Não acredito que seja possível nadar contra essa maré, o máximo que podemos fazer é não ceder às predisposições, mas a vontade sempre existirá. E só o fato dessa vontade existir, significa que há algo muito forte dentro de nós que nos empurra para determinadas ruas da vida sem que tenhamos escolhas.