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Tipping and the Culture Surrounding It: A Polarizing Topic
Tipping and the entire culture surrounding this financial practice are quite controversial. For some people, tipping at the end of a service is a way to acknowledge good service. For others, it feels like an uncomfortable "obligation," especially when it becomes expected. Personally, I’m okay with tipping in some cases, but I’m not in favor of it being a requirement.
For me, tipping is a voluntary reward, given when the service provided meets my expectations. It serves as an incentive for professionals to deliver positive experiences to their clients.
However, in countries like the United States, for example, tipping is part of workers' wages. This culture creates a dilemma, and those who don't tip end up being frowned upon.
With extremely low base salaries, tipping becomes almost mandatory for workers to earn a minimally decent income. As far as I know, this is a common practice in the U.S., where employees who rely on tips earn significantly lower wages compared to the standard. At that point, tipping stops being a bonus, as it should be, right?
In Brazil, on the other hand, labor laws – at least for now, haha – guarantee a more stable minimum wage, and tipping genuinely fulfills the role it’s meant for. However, many establishments still include these "service fees" in the final bill, and we often pay without even realizing it. Worse, some establishments don't fully pass on this fee to their employees. That’s truly absurd.
I believe tipping is fair and acceptable, but only when the service has been genuinely good. I’ve had experiences where the service was excellent, and I had no problem paying the "service fee," which is typically 10% of the total bill here. But I’ve also been in situations where the service was terrible, and I didn’t feel the slightest remorse about asking for the service fee to be removed from my bill. Of course, I had to deal with judgmental looks because, let’s be honest, when you refuse to pay the fee, you’re automatically labeled a villain. Still, I’m not going to give in to social pressure to avoid embarrassment or spend my hard-earned money on something that didn’t even come close to making me feel comfortable.
I remember one time I went to a pasta and pizza buffet in São Pedro da Aldeia, a coastal city in Rio de Janeiro near where I used to live. It was to celebrate a friend’s birthday. Over and over again, the waiter serving our table ignored me. He’d walk right past me without offering the dishes, and when I made a request, it wasn’t fulfilled either. It got to the point where I had to stand up and go to the manager to complain that I wasn’t being served. Even after all that, the bill came with a service fee included at the end. I didn’t think twice. When the same waiter came to collect the payment, I asked him to remove the fee. He even had the nerve to ask me why, and I was very direct and clear. I told him his service had been terrible. He got furious and went to the manager, who came back and looked at me with disdain before finally removing the fee. I never returned to that place, even though the price was great and the food was pretty tasty—well, from the little I managed to try.
I think the obligatory nature of tipping creates an atmosphere where customers feel coerced instead of simply wanting to recognize good service. This dynamic even flips the roles: those who don’t tip are seen as the villains in the story.
Tipping is a gesture of recognition and generosity, not a social obligation. It’s fair to reward good service, but it’s unfair to be seen as rude or wrong when we refuse to tip, regardless of the reason.
All the content, pics and editions are of my authorship.
Written in PT-BR. Translated to EN-US using ChatGPT.
Cover: created by Canva.
A gorjeta e toda a cultura que essa prática financeira envolve é bastante polêmica. Para algumas pessoas, dar gorjeta ao final do atendimento é reconhecer um bom serviço. Para outras, é uma 'obrigação' incômoda, principalmente quando se faz obrigatória. Eu concordo em dar gorjeta em alguns casos, mas não sou a favor de ser uma exigência.
A gorjeta, pra mim, é uma gratificação que tem que ser voluntária, quando o atendente presta um serviço que alcançou as minhas expectativas. Ela é um incentivo para que os profissionais proporcionem experiências positivas aos clientes.
Porém, em países como os Estados Unidos, por exemplo, a gorjeta é parte do salário dos trabalhadores. Essa cultura acaba cirando um dilema e, quem não paga a gorjeta, acaba sendo mal visto.
Com salários-base extremamente baixos, a gorjeta assume um caráter praticamente obrigatório pra que os trabalhadores possam ter uma renda minimamente digna. Até onde eu sei, isso é uma prática comum nos EUA, onde os funcionários que recebem gorjetas tem um salário bem baixo comparado ao padrão. Aí, ela para de ser um bônus, como deveria ser, né?!
Mas, aqui no Brasil, há leis trabalhistas - pelo menos por enquanto rs - que garantem um mínimo salário mais estável e a gorjeta realmente acaba cumprido o papel de gorjeta. Porém, muitos estabelecimentos acabam incluindo essas 'taxas de serviço' já no valor final da conta e muitas vezes pagamos sem nem perceber. E o pior, tem estabelecimentos que não repassam essa taxa por completo ao colaborador. Um verdadeiro absurdo.
Sou da opinião de que dar gorjeta é algo okay e justo, mas apenas quando o atendimento foi realmente bom. Já estive em situações em que o serviço foi maravilhoso e não me importei nem um pouco de pagar a 'taxa de serviço', que por aqui, geralmente é o valor de 10% sob o total da conta. Mas também já passei por situações em que o atendimento foi péssimo e eu não tive nem um pouco de remorso em pedir para tirar a taxa de serviço da minha conta. Claro que tive que lidar com olhares julgadores, afinal, quando negamos pagar essa taxa, nos transformamos em monstros automaticamente. Mas eu não vou ceder à pressão social para evitar o constrangimento e gastar parte do meu suado dinheiro com algo que não me deixou minimamente confortável.
Eu lembro uma vez que ui a um rodízio de massas e pizzas em São Pedro da Aldeia, uma cidade litorânea do Rio de Janeiro, próximo de onde eu morava. Era uma comemoração do aniversário de um amigo. Por várias e várias vezes, o garçom que estava servindo nossa mesa me ignorava. Ele passava direto por mim, sem me oferecer os pratos e, quando eu fazia algum pedido, também não era atendida. Chegou ao ponto em que eu tive que me levantar e ir até o gerente para reclamar que eu não estava sendo servida! Ainda assim, a conta veio com uma taxa de serviço já incluída ao final. Eu não pensei duas vezes. Na hora que o mesmo garçom veio para receber o valor, eu solicitei a ele que removesse a taxa. Ele ainda teve a coragem de me perguntar o motivo e eu fui direta e bem clara. Falei que o atendimento dele havia sido péssimo. Ele ficou enfurecido e foi até o gerente, que voltou a me olhar com antipatia e, por fim removeu a taxa. Eu nunca mais voltei naquele lugar, por mais que o valor fosse muito bom e a comida até gostosa - com o pouco que consegui provar.
Eu acho que a obrigatoriedade da gorjeta cria uma atmosfera em que acabamos nos sentido coagidos como clientes, ao invés de apenas querermos reconhecer o bom serviço do atendente. E isso acaba até invertendo papéis: quem não dá gorjeta é visto como o vilão da história.
A gorjeta é um gesto de reconhecimento e generosidade, não é uma obrigação social. É justo que recompensemos um bom atendimento, mas é injusto que sejamos vistos como pessoas rudes e erradas quando nos negamos a pagar, seja por qualquer motivo.
Todo o conteúdo, imagens e edições são de minha autoria.
Escrito em PT-BR. Traduzido para EN-US usando o ChatGPT.
Capa: criada com Canva.