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1️⃣ Introdução - Existe alma gêmea?
Porque algumas pessoas conseguem viver com alguém durante tantos anos, enquanto outros relacionamentos duram poucos dias? Será que aqueles que conseguem viver juntos por muito tempo encontraram sua alma gêmea? Ou será que essa pessoa simplesmente encontrou alguém normal e juntos eles escolheram superar os desafios da coexistência?
O que você interpreta como alma gêmea?
Muitas pessoas acham que a sua alma gêmea um dia vai aparecer e de repente o mundo se transformará em um paraíso, com anjos tocando harpas, e então viverão felizes para sempre. Ah que fofo! É como um conto de fadas. Ao contrário dessas pessoas, existem outras que preferem não se envolver. Que terminam relacionamentos como se termina de assistir um filme: - “Foi uma boa história, mas que venha o próximo!”.
Esses dois tipos de pessoas são muito diferentes, e eu citei esses dois extremos de propósito, pois há algo em comum entre eles. O primeiro é o que sonha com um amor mágico, que vai finalmente fazê-lo feliz. Mas de repente essa pessoa enxerga que não tem mais vida própria e passa a conviver com uma insegurança insuportável, pois se colocou em uma condição totalmente dependente do outro. O que aconteceria se este outro resolvesse partir?
Já o segundo exemplo sempre dá um jeito de sabotar tudo antes que o relacionamento avance. Acha que se trata de independência, mas geralmente é o mesmo problema do primeiro: insegurança. Medo de ser usado, de se envolver e não ser correspondido, medo de dar certo e também correr o risco de ser deixado pra trás.
Seria então mais fácil se o outro pudesse ficar sempre ao nosso lado. Assim você não teria medo de depender dele, ou não precisaria terminar antes que o relacionamento avance, pois ele nunca iria te abandonar. Eu já falei em outro post sobre a importância de saber conviver e aceitar aquilo que você não pode mudar, aquilo que você não tem controle, e em um relacionamento eu imagino que isto é fundamental.
Como é que você vai controlar o outro para fazer aquilo que você quer? Como você vai fazer para o outro te dar o amor, o cuidado, o carinho exatamente da forma que você acha que deve receber? Sabe o que você encontra quando tem essa crença? A frustração. A realidade é que você não está olhando para o outro e sim para suas próprias expectativas.
Em um relacionamento é preciso compreender o outro, seu espaço, seus limites. É necessário entender que o amor é na verdade tudo aquilo que está entre a sua vontade própria e a vontade do outro. É o ciúme e o cuidado, o dar e o receber.
A pessoa que não consegue compreender este equilíbrio convive a todo momento com a sensação de insegurança. Essa insegurança existe porque nós temos a mania de imaginar que a pessoa amada é como algo que se pode possuir, e nós pensamos isso até mesmo sem perceber, de forma inconsciente. Claro que você o ama, então você quer cuidar e não quer que ninguém mexa, afinal, é SUA namorada, ou SUA esposa, SEU namorado ou SEU esposo.
Acontece que para qualquer relacionamento se desenvolver de forma saudável é crucial entender que o outro será sempre o outro, ele não vai começar a ser você e gostar de tudo que você gosta só porque vocês resolveram dar as mãos.
Uma vez eu ouvi que para um relacionamento dar certo você tem que estar pensando em fazer o outro feliz, e não pensando em ser feliz. Não significa que você vai se doar sem receber nada em troca, já que a reciprocidade é importante em um relacionamento, mas quer dizer que quando eu quero a felicidade do outro, eu estou disposto a aceitar algumas manias dele, e até mesmo a abrir mão de alguns costumes meus.
Acho que este um ponto muito interessante, pois se você está disposto a abrir mão de que as coisas sejam sempre do seu jeito, e se você começa a ajudar no crescimento do outro, e esse outro faz o mesmo por você, não importam os problemas ou as diferenças, vocês tem boas chances de seguir em frente.
Ah, mas é claro que você não vai entrar num relacionamento e abrir mão das suas vontades por ninguém, até porque você já é a perfeição em pessoa, certo? Então você inventa um problema, uma doença, uma viagem, pode até não perceber, mas as vezes você briga sem motivos, você vê problemas irreais, você só não percebe que esses problemas estão sendo criados pelo seu medo de ter suas expectativas frustradas. Aqui você está andando em um círculo e voltando sempre para o mesmo lugar.
Eu conheço uma frase que diz: "Ninguém perde por dar amor. Perde é quem não sabe receber". Não conheço o autor, mas acho que é assim mesmo. O medo está colocando as pessoas em uma posição onde elas evitam amar no intuito de não sofrer. E aí acabam sofrendo por acharem que ninguém as ama.
Mas a partir do momento que você aceita que não pode controlar tudo, que o outro não é um objeto e que suas expectativas são suas, somente suas, então você percebe que não pode julgar o outro por coisas que você mesmo cria. Amar é só uma das maneiras de reconhecer que nem tudo está ao nosso controle, é poder dar ao outro a liberdade de ser quem é. E tudo o que você pode fazer, é a sua parte.
Mesmo que você fosse sua alma gêmea e fosse possível viver lado a lado: “você e você”, uma hora iria cansar, iria ter briga e lágrimas. E sinceramente, por que você iria gostar de viver com uma cópia sua? O que você iria aprender? Como iria crescer?
Será que sua alma gêmea não seria justamente a união entre o que você é com o que te falta? Quando há o encontro de duas pessoas com suas qualidades e defeitos, que decidem seguir lado a lado, um incentivando o outro, estimulando o crescimento do outro, reconhecendo suas particularidades, seus sonhos, suas palavras e jeitos de dizer e demonstrar o amor. Dois seres diferentes e em alguns aspectos até opostos, mas que mesmo conhecendo suas diferenças e fraquezas são capazes de somar seus pontos fortes.
Lá no primeiro parágrafo eu falei sobre coexistência. Coexistir significa existir junto ou simultaneamente. Coexistir como se fossem um só ser não significa que serão uma única pessoa, uma única vontade. Significa existir juntos. E no perfeito momento em que essas almas distintas escolhem livremente coexistir, nasce a alma gêmea.
Quando você assume a cumplicidade, quando dá ao outro a liberdade de te escolher também, quando riem juntos mas também têm a maturidade de falar sério sem que isso diminua o outro, quando escolhem curar as feridas um do outro e seguir em frente ao invés de abandonar a batalha... É aí que a magia acontece.
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🙋♂️ Sobre mim:
@felipefabar - Analista de sistemas, mas aqui compartilho ideias sobre a vida e curiosidades sobre tecnologia e finanças. Sou apaixonado por cripto e web3.
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2️⃣ Introduction - Is there a soulmate?
Why do some people manage to live with someone for so many years, while other relationships last only a few days? Could it be that those who manage to live together for a long time have found their soulmate? Or has that person simply found someone normal and together they have chosen to overcome the challenges of coexistence?
What do you interpret as a soulmate?
Many people think that their soulmate will one day appear and suddenly the world will turn into a paradise, with angels playing harps, and then they will live happily ever after. Oh how cute! It's like a fairy tale. Unlike these people, there are others who prefer not to get involved. Who end relationships like one ends watching a movie: - "It was a good story, but let the next one come!".
These two types of people are very different, and I mentioned these two extremes on purpose, because there is something in common between them. The first one is the one who dreams of a magical love, which will finally make him happy. But suddenly this person sees that he no longer has his own life and starts to live with an unbearable insecurity, because he put himself in a condition totally dependent on the other. What would happen if this other person decided to leave?
The second example always finds a way to sabotage everything before the relationship progresses. They think it's about independence, but it's usually the same problem as the first: insecurity. Fear of being used, of getting involved and not being reciprocated, fear of working out and also running the risk of being left behind.
It would then be easier if the other could always be by our side. So you wouldn't be afraid to depend on him, or you wouldn't have to break up before the relationship progresses, because he would never leave you. I have already talked in another post about the importance of knowing how to live with and accept what you cannot change, what you have no control over, and in a relationship I imagine this is fundamental.
How are you going to control the other to do what you want? How are you going to get the other person to give you love, care, affection exactly the way you think you should receive it? Do you know what you find when you have this belief? Frustration. The reality is that you are not looking at the other person but at your own expectations.
In a relationship you need to understand the other, their space, their limits. It is necessary to understand that love is actually everything that is between your own will and the will of the other. It is jealousy and care, giving and receiving.
The person who cannot understand this balance lives at all times with the feeling of insecurity. This insecurity exists because we have the habit of imagining that the loved one is like something that can be possessed, and we think this even without realizing it, unconsciously. Of course you love him, so you want to take care of it and don't want anyone to mess with it, after all, it's YOUR girlfriend, or YOUR wife, YOUR boyfriend or YOUR husband.
It turns out that for any relationship to develop in a healthy way it is crucial to understand that the other will always be the other, he will not start being you and like everything you like just because you decided to hold hands.
I once heard that for a relationship to work you have to be thinking about making the other person happy, not thinking about being happy. It doesn't mean that you're going to give yourself without getting anything in return, since reciprocity is important in a relationship, but it means that when I want the other person's happiness, I'm willing to accept some of their quirks, and even give up some of my own.
I think this is a very interesting point, because if you are willing to give up that things are always your way, and if you start to help the growth of the other, and that other does the same for you, no matter the problems or differences, you have a good chance of moving on.
Ah, but of course you're not going to get into a relationship and give up your wants for anyone, because you're already perfection itself, right? So you invent a problem, an illness, a trip, you may not even realize it, but sometimes you fight for no reason, you see unrealistic problems, you just don't realize that these problems are being created by your fear of having your expectations dashed. Here you are walking in a circle and always coming back to the same place.
I know a phrase that says: "No one loses by giving love. He loses who does not know how to receive". I don't know the author, but I think that's the way it is. Fear is putting people in a position where they avoid loving in order not to suffer. And then they end up suffering because they think no one loves them.
But from the moment you accept that you cannot control everything, that the other is not an object and that your expectations are yours, only yours, then you realize that you cannot judge the other for things that you yourself create. Loving is just one of the ways to recognize that not everything is in our control, it is to be able to give the other the freedom to be who they are. And all you can do, is your part.
Even if you were your soulmate and it was possible to live side by side: "you and you", one day it would get tired, there would be fights and tears. And honestly, why would you enjoy living with a copy of yourself? What would you learn? How would you grow?
Wouldn't your soul mate be precisely the union between what you are and what you lack? When there is the meeting of two people with their qualities and defects, who decide to go on side by side, one encouraging the other, stimulating the growth of the other, recognizing their particularities, their dreams, their words and ways of saying and showing love. Two different beings and in some ways even opposite, but even knowing their differences and weaknesses are able to take their strengths.
In the first paragraph I talked about coexistence. Coexist means to exist together or simultaneously. Coexisting as if they were one being does not mean that they will be one person, one will. It means to exist together. And in the perfect moment when these distinct souls freely choose to coexist, a soul mate is born.
When you assume complicity, when you give the other the freedom to choose you too, when you laugh together but also have the maturity to be serious without it diminishing the other, when you choose to heal each other's wounds and move on rather than abandon the battle.... That's when the magic happens.
❤️ Thank you for reading!
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3️⃣ Introducción - ¿Existe el alma gemela?
¿Por qué algunas personas consiguen vivir con alguien durante tantos años, mientras que otras relaciones duran sólo unos días? ¿Será que los que consiguen convivir durante mucho tiempo han encontrado a su alma gemela? ¿O simplemente esa persona ha encontrado a alguien normal y juntos han decidido superar los retos de la coexistencia?
¿Qué interpreta usted por alma gemela?
Mucha gente piensa que su alma gemela aparecerá un día y de repente el mundo se convertirá en un paraíso, con ángeles tocando el arpa, y entonces vivirán felices para siempre. ¡Qué bonito! Es como un cuento de hadas. A diferencia de estas personas, hay otras que prefieren no involucrarse. Que terminan las relaciones como se termina de ver una película: - "¡Ha sido una buena historia, pero que venga la siguiente!".
Estos dos tipos de personas son muy diferentes, y he mencionado estos dos extremos a propósito, porque hay algo en común entre ellos. El primero es el que sueña con un amor mágico, que por fin le hará feliz. Pero de repente esta persona se da cuenta de que ya no tiene vida propia y empieza a vivir con una inseguridad insoportable, porque se ha puesto en una condición totalmente dependiente del otro. ¿Qué pasaría si esta otra persona decidiera marcharse?
El segundo ejemplo siempre encuentra la manera de sabotearlo todo antes de que la relación avance. Creen que se trata de independencia, pero suele ser el mismo problema que el primero: inseguridad. Miedo a ser utilizado, a implicarse y no ser correspondido, miedo a funcionar y también a correr el riesgo de ser abandonado.
Sería más fácil si la otra persona pudiera estar siempre a nuestro lado. Entonces no tendrías miedo a depender de él, o no tendrías que romper antes de que la relación avance, porque nunca te dejaría. Ya he hablado en otro post de la importancia de saber convivir y aceptar lo que no puedes cambiar, aquello sobre lo que no tienes control, y en una relación imagino que esto es fundamental.
¿Cómo vas a controlar al otro para que haga lo que tú quieres? ¿Cómo vas a conseguir que la otra persona te dé el amor, la atención, el cariño exactamente como tú crees que debes recibirlo? ¿Sabes lo que encuentras cuando tienes esta creencia? Frustración. La realidad es que no estás mirando a la otra persona, sino a tus propias expectativas.
En una relación es necesario comprender al otro, su espacio, sus límites. Es necesario comprender que el amor es en realidad todo lo que está entre tu propia voluntad y la voluntad del otro. Es celar y cuidar, dar y recibir.
La persona que no puede comprender este equilibrio vive siempre con la sensación de inseguridad. Esta inseguridad existe porque tenemos la costumbre de imaginar que la persona que amamos es como algo que podemos poseer, y pensamos esto incluso sin darnos cuenta, inconscientemente. Claro que le quieres, por eso quieres cuidarle y no quieres que nadie se meta con él, al fin y al cabo, es TU novia, o TU mujer, TU novio o TU marido.
Resulta que para que cualquier relación se desarrolle de manera sana es crucial entender que el otro siempre será el otro, no empezará a ser tú y a gustarle todo lo que a ti te gusta sólo porque decidiste tomarte de la mano.
Una vez escuché que para que una relación funcione tienes que estar pensando en hacer feliz a la otra persona, no pensar en ser feliz. No significa que vayas a darte sin recibir nada a cambio, ya que la reciprocidad es importante en una relación, sino que cuando quiero la felicidad de la otra persona, estoy dispuesto a aceptar algunas de sus manías, e incluso a renunciar a algunas de las mías.
Creo que este es un punto muy interesante, porque si estás dispuesto a renunciar a que las cosas sean siempre a tu manera, y si empiezas a ayudar a la otra persona a crecer, y esa otra persona hace lo mismo por ti, sin importar los problemas o las diferencias, tienes muchas posibilidades de seguir adelante.
Ah, pero claro, tú no vas a meterte en una relación y renunciar a tus deseos por nadie, porque ya eres la perfección misma, ¿no? Así que te inventas un problema, una enfermedad, un viaje, puede que ni te des cuenta, pero a veces luchas sin motivo, ves problemas irreales, simplemente no te das cuenta de que esos problemas los estás creando por tu miedo a que se frustren tus expectativas. Aquí estás caminando en círculo y volviendo siempre al mismo sitio.
Conozco una frase que dice: "Nadie pierde dando amor. Pierde quien no sabe recibirlo". No conozco al autor, pero creo que es así. El miedo está poniendo a las personas en una posición en la que evitan amar para no sufrir. Y entonces acaban sufriendo porque piensan que nadie les quiere.
Pero desde el momento en que aceptas que no puedes controlarlo todo, que la otra persona no es un objeto y que tus expectativas son tuyas, sólo tuyas, entonces te das cuenta de que no puedes juzgar a la otra persona por cosas que tú mismo creas. Amar es sólo una de las formas de reconocer que no todo está bajo nuestro control, es ser capaz de dar al otro la libertad de ser quien es. Y todo lo que puedes hacer, es tu parte.
Aunque fuera tu alma gemela y fuera posible vivir uno al lado del otro: "tú y tú", un día se cansaría, habría peleas y lágrimas. Y sinceramente, ¿por qué querrías vivir con una copia de ti mismo? ¿Qué aprenderías? ¿Cómo crecerías?
¿Tu alma gemela no sería precisamente la unión entre lo que eres y lo que te falta? Cuando se produce el encuentro de dos personas con sus cualidades y defectos, que deciden ir de la mano, una animando a la otra, estimulando el crecimiento de la otra, reconociendo sus particularidades, sus sueños, sus palabras y formas de decir y demostrar amor. Dos seres diferentes y en algunos aspectos hasta opuestos, pero que aún conociendo sus diferencias y debilidades son capaces de tomar sus fortalezas.
En el primer párrafo hablé de coexistencia. Coexistir significa existir juntos o simultáneamente. Coexistir como si fueran un solo ser no significa que vayan a ser una sola persona, una sola voluntad. Significa existir juntos. Y en el momento perfecto en que estas almas distintas eligen libremente coexistir, nace el alma gemela.
Cuando asumes la complicidad, cuando le das al otro la libertad de elegirte a ti también, cuando os reís juntos pero también tenéis la madurez de ser serios sin que eso disminuya al otro, cuando elegís curar las heridas del otro y seguir adelante en lugar de abandonar la batalla.... Entonces es cuando ocurre la magia.
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