English Version
From school onwards, children are subjected to pressure to get good grades in order to have a prestigious profession in society.
I remember as if it were yesterday my Portuguese teacher demanding the class to study more because even to collect trash on the street she needed to have completed high school.
Often, elementary school students are already preparing for the university entrance exam and need to decide which profession they want to pursue. Here in Brazil it is common to ask children what they want to be when they grow up.
Let's face it, this type of charge is very premature and, most likely, harmful to anyone's mental health. Often, without preparation, students choose careers that have no affinity with the area and end up frustrated.
My first choice in the entrance exam was in an area in which I have no aptitude, which is engineering, then I tried information systems, another area that I don't master, and only then did I study journalism, where I finally found my vocation.
However, even after finding an area of expertise and becoming a successful professional, numerous factors, which do not depend solely on you, interfere with your career and it is often necessary to start over.
In addition to the social pressure for success, the media constantly celebrates those who achieve, by any means, a prominent position. All of this conveys the idea that only those who are celebrated are important in society.
Nothing can be more harmful than the illusion that success is the only objective to be achieved, since life is made up of much more failures and it is precisely through them that we learn.
Ultimately, in a healthy society, no one should be ashamed of failing and we would be aware that success may or may not happen. Just as it may just be a moment and there is no problem with that, what really matters is how we deal with problems, which always arise, regardless of whether we are successful or not.
Thank you very much for reading and see you next time!
Português (Brasil)
Desde a escola, as crianças são submetidas a uma pressão para terem boas notas afim de ter uma profissão de prestígio na sociedade.
Lembro como se fosse hoje da minha professora de português cobrando a classe para estudar mais porque até para coletar lixo na rua precisava ter ensino médio completo.
Muitas vezes, alunos do ensino fundamental já estão se preparando para o vestibular e precisam decidir qual profissão querem seguir. Aqui no Brasil é comum perguntar às crianças o que elas querem ser quando crescerem.
Convenhamos esse tipo de cobrança é muito precoce e, muito provavelmente, prejudicial à saúde mental de qualquer pessoa. Muitas vezes, sem preparo, os alunos escolhem carreiras sem afinidade com a área e acabam se frustrando.
Minha primeira opção no vestibular mesmo foi em uma área em que não tenho nenhuma aptidão, que é a engenharia, depois tentei sistemas de informação, outra área que não domino, para só então cursar jornalismo, onde finalmente encontrei a minha vocação.
No entanto, mesmo depois de encontrar uma área de atuação e se tornar um profissional bem-sucedido, inúmeros fatores, que não dependem só de você, interferem na sua carreira e muitas vezes é necessário recomeçar.
Além da pressão social pelo sucesso, a mídia celebra o tempo todo quem conquista, por qualquer meio, uma posição de destaque. Tudo isso passa a ideia que apenas quem é celebrado tem importância na sociedade.
Nada pode ser mais prejudicial do que a ilusão de que o sucesso é o único objetivo a ser alcançado, já que a vida é feita muito mais de fracassos e é justamente através deles que aprendemos.
Enfim, em uma sociedade saudável, ninguém deveria se envergonhar por fracassar e teríamos consciência que o sucesso pode acontecer ou não. Assim como pode ser apenas um momento e não há problema algum nisso, o que realmente importa é como lidamos com os problemas, que sempre surgem, independente de sermos bem-sucedidos ou não.
Muito obrigado pela leitura e até a próxima!