I have a professor who is 54 years old, and one thing I deeply admire about him is his excellent memory. In every class, he drifts off-topic for a few moments, but even these digressions are interesting and always have something to teach us. Whenever this happens, he mentions books and different editions, and what amazes me the most is that he has all these references in his mind!
I read a lot, but if you ask me which publishers released the books I read last year, I wouldn’t know. I wouldn’t know who translated them, in the case of foreign books, and honestly, I wouldn’t even be able to say how many books I read in total. But my professor? He definitely knows. And, to me, this is one of the aspects of intelligence: memory.
When discussing the concept of intelligence, if we take a flexible approach, it becomes easy to conclude that intelligence depends on perspective. Let’s imagine the following character: a fisherman who doesn’t know how to read or write, who doesn’t even speak his language correctly, and is unfamiliar with many words. However, this fisherman understands the tides, knows the best days to fish, knows when to stay off the water, and can clean a fish quickly without injuring himself—even though the knives are so sharp. Would you say he is intelligent or not? I would say yes, absolutely! Because I don’t have the knowledge he has.
There are billions of people in the world, and each has a great potential to develop intelligence in a specific area. Considering how easily we can access information through the internet, it has become even more achievable to become an expert in something. Many people take advantage of this—studying, working, and even making a fortune online. Others use it to complete college assignments, become content creators, and so on. However, I believe most people do not seize this opportunity to gain knowledge. They waste their attention on distractions. Unlike the fisherman, who has used his attention over the years to master his craft, some people are only interested in influencers and memes. And this is quite concerning, given the sheer number of people who live this way.
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But why does this happen? I believe part of the answer lies in how our society values (or fails to value) knowledge. We live in a world where immediacy and quick entertainment are prioritized. Social media, for example, is designed to capture our attention with superficial and fleeting content. Meanwhile, deep knowledge and memory—like my professor’s—require time, dedication, and, above all, genuine interest. The fisherman in my story didn’t learn about the tides in a day; it took years of observation and practice. Likewise, my professor didn’t memorize all those book references overnight. It was a continuous process of reading, reflecting, and applying.
Another important point is that intelligence is often mistaken for the ability to accumulate information. But in reality, it goes beyond that. It’s about knowing how to use this information, and how to connect and apply it in creative ways. My professor doesn’t just remember books—he knows how to relate them to the lesson, making learning more meaningful. The fisherman doesn’t just know when to fish—he knows how to adapt his techniques to environmental changes. This ability to adapt and apply knowledge is what truly defines intelligence.
At the end of the day, memory is just one facet of intelligence. But it reminds us that knowledge is not static; it is something we build over time, with effort and dedication. And in a world that is increasingly filled with distractions, perhaps this is the most important lesson we can learn: to value the process of learning, not just the final result.
Portuguese
Eu tenho um professor que tem 54 anos, e uma coisa que ele tem da qual eu admiro muito é uma excelente memória. Em toda aula ele, ele sai do tópico por alguns momentos, mas mesmo esse desvio de conteúdo, é interessante e tem algo a nos ensinar. Sempre que ele faz isso, ele menciona alguns livros, ou edições diferentes, e é isso o que eu acho incrível ele tem as referências todas na cabeça!
Eu sou uma pessoa que lê bastante, mas se você me pergunta as editoras dos livros que eu li ano passado, não saberei dizer. Não saberei dizer quem os traduziu, no caso dos livros estrangeiros, e sinceramente, não saberei nem dizer quantos livros li ao todo. Mas, esse meu professor, com certeza sabe. E eu sinceramente, considero esse um dos aspectos da inteligência: a memória.
Quando falamos do conceito de inteligência, se formos flexíveis, será fácil chegar a conclusão de que a inteligência depende da perspectiva. Vamos imaginar o seguinte personagem; um pescador que não sabe ler nem escrever, ele nem ao menos fala o seu idioma corretamente, e há muitas palavras que não sabe o significado. Porém, esse pescador, conhece as marés, sabe quais os melhores dias de pescar, sabe quando não deve entrar no mar, sabe como tratar um peixe rapidamente sem se machucar, (mesmo essas facas sendo tão afiadas) você diria que ele é inteligente ou não? Eu diria que sim, com certeza! Porque eu não tenho o conhecimento que ele tem.
Há bilhões de pessoas no mundo, e cada uma tem um grande potencial de desenvolver inteligencia em alguma área. Se levarmos em conta o acesso mais fácil que temos as informações, através da internet, se torna ainda mais tranquilo você ser especialista em algo. Uma grande parte dessas pessoas, sabem aproveitar isso. Estudam, trabalham e enriquecem com a internet. Ou a utilizam para fazer trabalhos da faculdade, se tornar um produtor de conteúdo e etc. Porém, infelizmente, acredito que a maioria das pessoas não aproveitam essa oportunidade para adquirir conhecimento. Elas desperdiçam sua atenção com distrações. Diferente do pescador, que usou sua atenção ao longo dos anos para aprender tudo sobre seu ofício, algumas pessoas não se interessam por nada além de influenciadores e memes. E esse é um cenário bem ruim se levarmos em conta a quantidade de pessoas que é assim.
Mas por que isso acontece? Acredito que parte da resposta esteja na forma como nossa sociedade valoriza (ou não) o conhecimento. Vivemos em um mundo onde o imediatismo e o entretenimento rápido são priorizados. As redes sociais, por exemplo, são projetadas para capturar nossa atenção com conteúdos superficiais e efêmeros. Enquanto isso, o conhecimento profundo e a memória, como a do meu professor, exigem tempo, dedicação e, acima de tudo, interesse genuíno. O pescador da minha história não aprendeu sobre as marés em um dia; foram anos de observação e prática. Da mesma forma, meu professor não memorizou todas aquelas referências de livros da noite para o dia. Foi um processo contínuo de leitura, reflexão e aplicação.
Outro ponto importante é que a inteligência, muitas vezes, é confundida com a capacidade de acumular informações. Mas, na verdade, ela vai além. É sobre saber como usar essas informações, como conectá-las e aplicá-las de maneira criativa. Meu professor não só lembra dos livros, mas também sabe como relacioná-los ao conteúdo da aula, tornando o aprendizado mais rico e significativo. O pescador, por sua vez, não só sabe quando pescar, mas também como adaptar suas técnicas às mudanças do ambiente. Essa capacidade de adaptação e aplicação é o que realmente define a inteligência.
No fim das contas, a memória é apenas uma das facetas da inteligência. Mas ela nos lembra que o conhecimento não é algo estático; é algo que construímos ao longo do tempo, com esforço e dedicação. E, em um mundo cada vez mais distraído, talvez seja essa a lição mais importante que podemos aprender: valorizar o processo de aprender, e não apenas o resultado final.