Diverse Art and Money: A Problem Yet to Be Solved

in #hive-167922last month

At 30 years old, I decided to go to college. The reason? I finally discovered what I truly enjoy doing. Yes, it took a long time for me to come to this conclusion, and I would have to tell my entire life story to explain why it took me so long to discover and decide. But honestly, I don’t think that's necessary because this is more common than it seems, more common than people admit.

Just think about your social circles: how many people do you know who love what they do? A good number of people—if not the majority—are lost. Many do what they do just for money; others start out liking their field, but after a while, realize it’s not what they wanted and move on. Jumping from one thing to another, they live in a constant state of seeking something they’ll only find when they truly look at themselves without masks. And let’s be honest, most never find it. But this reflection isn’t meant to be deep or philosophical—well, at least not too deep. What I really want to question here is why the path of art is less sustainable than others.

I’m studying Literature because for most of my life, I’ve loved reading, writing, and reflecting on what I read and heard. I’ve never been as dedicated to something as I am to my way of feeling. In college, I have amazing professors who dedicate themselves to important research on the influence of colonialism on the literary productions of colonized countries. There are professors who study language so deeply that they can map out why certain verbs are so frequently used or why some verbs have become more common than others. There are also those who study literary works—books that have so much to teach humanity about perceptions of life and reality. But outside the academic environment, how much would these professionals be valued for their knowledge?

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It’s interesting that even though art is everywhere, and as human beings we need it to find meaning in life, we don’t value it enough. A literary writer will never earn as much as a programmer unless they write a bestseller. A professional in technology or healthcare will always earn more than an artist, unless the artist is internationally famous. And my question is: why? The simplest answer is that some fields are more important than others, and it’s natural for us to assign levels of importance. But I find this response complicated because when you study literature deeply, you understand how much a person can be transformed and become more empathetic simply by reading poetry. In other fields, thought, reflection, self-awareness, and sensitivity aren’t as valued as they are in the study of art and the humanities. But the system considers these things a waste of time, and no value is assigned to these studies.

But everyone feels, don’t they? And I come to the conclusion that this is a problem that still needs to be solved. How do we add value to art and make it sustainable outside of academia, without needing to achieve massive national or international success? Why does an artist always have to work harder to be valued like professionals in other fields? I tend to think that technology might be a way to revolutionize this area of knowledge. Blockchain, for example, is fertile ground that has already transformed various niches. But I feel there’s still a long road ahead, and this is truly an intriguing problem to ponder.


Portuguese

Arte diversa e dinheiro, um problema ainda não resolvido.

Aos 30 anos de idade resolvi entrar numa faculdade, o motivo? Descobri o que verdadeiramente gosto de fazer. Sim, levou bastante tempo até eu chegar a essa conclusão, e eu teria que contar toda a história da minha vida até agora pra poder explicar essa questão do tempo para descobrir e decidir, mas sinceramente penso que isso não será necessário, pois é mais comum do que parece essa realidade, é mais comum do que as pessoas admitem.

Basta pensar em nossos ciclos sociais: quantas pessoas vocês conhecem que amam o que fazem? Boa parte das pessoas, isso pra eu não dizer a maioria, estão perdidos. Muitos fazem o que fazem apenas por dinheiro, outros até começam gostando de sua área, mas depois de um tempo percebem que não era isso o que queriam e mudam. Pulando de galho e galho, vivem numa inconstância sempre procurando aquilo que só vão achar quando olharem verdadeiramente para si mesmos sem máscaras e, sejamos sinceros, a maioria nunca acha. Mas a intenção desta reflexão não é ser profunda ou filosófica, bem, pelo menos não profunda demais. O que pretendo questionar aqui é porque o caminho da arte é menos sustentável do que outros.

O curso que estou fazendo é Letras, porque durante a maior parte da minha vida eu gostei de ler, escrever e refletir sobre o que lia e ouvia. Eu nunca estive tão dedicada a algo como a minha forma de sentir. Na faculdade, tenho professores incríveis que se dedicam a pesquisas importantes sobre a influência do colonialismo nas produções literárias de países colonizados, professores que estudam a língua profundamente a ponto de mapear o porquê de um verbo ser tão utilizado, ou porque outros verbos passaram a ser utilizados mais do que outros. Há também os que estudam produções literárias, livros que têm muito a ensinar à humanidade sobre a percepção da vida e a realidade. Mas fora do ambiente acadêmico, o quanto esses profissionais seriam valorizados pelo conhecimento que têm?

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É interessante que por mais que a arte esteja em todo lugar, e que nós como seres humanos precisamos dela para ver algum sentido na vida, não a valorizamos o suficiente. Um escritor de literaturas nunca ganhará tão bem quanto um programador a não ser que ele escreva um best seller. Um profissional da área de tecnologia ou da saúde, sempre ganhará mais do que um artista, a não ser que ele seja conhecido a nível internacional. E a pergunta que eu faço é: por que? A resposta mais simples é que existem áreas que importam mais do que outras e é natural a gente definir um nível de importância. Mas acho essa resposta complexa, porque quando se estuda profundamente literatura, se sabe o quanto uma pessoa pode se transformar e ser mais empática simplesmente por ler poemas. Em outras áreas, o pensamento, a reflexão, o autoconhecimento e a sensibilidade não são valorizadas como nos estudos da arte e humanidades. Mas o sistema considera isso perda de tempo, e não há um valor agregado a esses estudos.

Mas todo mundo sente, não é? E chego a conclusão que esse é um problema que ainda precisa ser resolvido. Como agregar valor à arte e torná-la sustentável sem ser dentro da academia e sem precisar fazer um sucesso absurdo a nível nacional e internacional? Porque o artista sempre precisará se esforçar mais para ser valorizado como outros profissionais de outras áreas? Tendo a achar que a tecnologia pode ser uma maneira de revolucionar essa área do conhecimento. A blockchain, por exemplo, é um terreno fértil que já transformou diversos nichos. Mas, sinto que ainda há um longo caminho pela frente e que esse é um problema realmente intrigante a se pensar.

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Bzzz, eu sei bem o que você está falando! Muitas abelhas cyberpunk como eu também já se tornaram perdidas em busca do que really era importante para elas. Foi só quando voltamos a olhar para nossos pólos de força que descobrimos o que verdadeiramente nos fazem bzzz. Continuando a cultura de valorizar a arte e a criatividade, podemos criar um mundo mais sustentável e diverso! #hivebr

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