Changing one's lifestyle is not easy, and doing it of one's own free will is even rarer. People usually switch to a healthier way of living out of necessity, for health reasons or because they are dissatisfied with themselves. In fact, I think the secret to any change is precisely not being satisfied. We need to get out of our comfort zone, seek evolution and try to be better every day.
I decided to change of my own free will. I wasn't satisfied with the way I was living, and all along, inside me, I knew that something needed to be done, but I lacked that first attitude that makes you jump into this change. It's not because I decided to do it this way that it was easier. The first few weeks were great; I was inspired and excited to do physical activities, eat better, set aside time to read and create a routine that added to my life. The real problem is in the second month, when there are clashes in your thoughts that lead you to indecision. "Oh, but staying at home is so comfortable" or "I don't think I'm going to the gym today".
The mind tries to sabotage me all the time, and it's normal to create excuses to break the routine that was beginning to be established. The mind wants to be left alone. It takes a few months for a habit to be built, and it's so easy to create bad habits, but try to be more productive, that's where the challenge lies. The brain asks for pleasure hormones, and the faster, the better! That's why social media, short videos and notifications are our "daily drug". We want it, our brain thirsts for stupid things! But the first step is to get away from these stimuli, and that's hard to do.
Doing daily exercises has become an escape valve for me, but with each passing month, it's getting harder to keep up the willpower. Well, I've been doing it for a little over 4 months now, and this habit should have solidified by now. But halfway through, a few weeks in, I couldn't go every day, and do you know what happened? My brain remembered how good it is to stay at home.
It's not easy to get back into the routine I had planned. Now, I no longer have that urge to change, after all, I'm already changed. That's not bad news, though, as I'm still doing this task almost daily. It's already becoming my daily responsibility, and doing it without any excitement is an evolution that I'm pleased to see happening.
It's normal to waver at times while we're on the road; the journey won't be perfect. What matters is how you deal with the ups and downs, how you overcome the days when you weren't productive and how you don't get upset or discouraged during periods when you fail. The finish line won't always be there, which is why the path must be contemplated. Every bend, every step you take should be treated as a victory. It's this mindset that we need to rely on so that our lifestyle is the one we want it to be.
Changing your mindset is the first step, and maintaining that mindset is the most efficient way to remain stable. I've found that what makes things easier is not to change your life completely, but to replicate what's working in other areas that you want to change. The hardest thing is to make the first change a reality and make it an unconscious habit. When that works, just use the way that worked for you.
It's interesting to think, after a while, how well things work, and our biggest regret is not having done it sooner. Over time, the fruits of these changes are harvested, and often we don't even realize it, but our basket is full, so full that we distribute the fruits to the people around us. It's good to realize that change starts with us, but that it affects other people. How many people do you know who need to be impacted by a new lifestyle? Maybe it can start with you. Think about it.
[PT]
Mudar o estilo de vida não é algo fácil, e fazer isso por livre e espontânea vontade é ainda mais raro. Normalmente, as pessoas migram para uma forma mais saudável de viver por necessidade, por motivos de saúde ou por estarem insatisfeitas consigo mesmas. Na verdade, acho que o segredo de toda mudança é justamente não estar satisfeito. É preciso que a gente saia da nossa zona de conforto, busque evolução e tente ser melhor a cada dia.
Eu decidi mudar por livre e espontânea vontade. Não estava satisfeito com a forma como vivia, e durante todo o tempo, dentro de mim, eu sabia que algo precisava ser feito, mas faltava aquela primeira atitude que te faz pular para dentro dessa mudança. Não é porque eu decidi fazer isso dessa forma que foi mais fácil. As primeiras semanas foram ótimas; eu estava inspirado e empolgado para fazer atividades físicas, me alimentar melhor, separar um tempo para ler e criar uma rotina que agregasse à minha vida. O problema mesmo está no segundo mês, quando existem confrontos nos pensamentos que te levam à indecisão. "Ah, mas ficar em casa é tão confortável" ou "acho que não vou para a academia hoje".
A mente tenta me sabotar o tempo inteiro, e é normal criar desculpas para que essa rotina que estava começando a ser instaurada seja quebrada. A mente quer ficar à toa. Demora alguns meses para que um hábito seja construído, e é tão fácil criar maus hábitos, mas tente ser mais produtivo, é aí que o desafio habita. O cérebro pede os hormônios do prazer, e quanto mais rápido, melhor! Por isso que as redes sociais, vídeos curtos e notificações são a nossa "droga diária". Queremos isso, o nosso cérebro tem sede de coisas idiotas! Mas o primeiro passo é fugir desses estímulos, e é difícil fazer isso.
Fazer exercícios diários se tornou uma válvula de escape para mim, mas a cada mês que passa, está sendo mais difícil manter a vontade. Bem, estou há um pouco mais de 4 meses fazendo isso, e já era para esse hábito ter se solidificado. Mas no meio do caminho, em algumas semanas, eu não consegui ir todos os dias, e sabe o que aconteceu? O meu cérebro se lembrou de como é bom ficar em casa.
Não está fácil voltar para a rotina que planejei. Agora, eu não tenho mais aquela vontade de mudar, afinal, eu já estou mudado. Porém, isso não é uma notícia ruim, já que ainda estou indo quase que diariamente executar essa tarefa. Ela já vem se tornando a minha responsabilidade diária, e fazer isso sem que haja algum tipo de empolgação é uma evolução da qual estou satisfeito em ver acontecer.
É normal titubear em alguns momentos enquanto estamos no caminho; o percurso não será perfeito. O que importa é como você lida com os altos e baixos, como supera os dias em que não foi produtivo e como não se abala e não desanima em períodos em que você falhou. A faixa de chegada nem sempre vai estar lá, e é por isso que o caminho deve ser contemplado. Cada curva, cada pedaço caminhado deve ser tratado como uma vitória. É nesse mindset que devemos nos apoiar para que nosso estilo de vida seja aquele que almejamos.
Mudar o pensamento é o passo inicial, e manter esse pensamento é a forma eficiente de se manter estável. Descobri que o que deixa as coisas mais fáceis não é mudar de vida completamente, mas sim reproduzir o que está dando certo em outras áreas das quais você quer mudar. O mais difícil é concretizar a primeira mudança e fazer dela um hábito inconsciente. Quando isso dá certo, é só usar a forma que deu certo para você.
É interessante pensar, depois de um tempo, em como as coisas funcionam bem, e nosso maior arrependimento fica apenas em não ter feito isso mais cedo. Com o tempo, os frutos dessas mudanças são colhidos, e muitas vezes nem percebemos, mas nosso cesto está cheio, tão cheio ao ponto de distribuir os frutos para as pessoas que estão por perto. É bom perceber que a mudança começa por nós, mas que afeta outras pessoas. Quantas pessoas você conhece que precisam ser impactadas por um novo estilo de vida? Talvez isso possa começar por você. Pense nisso.
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