Promessas de ano novo: ainda dá tempo?

in #life3 years ago

“Ano novo, vida nova” – frase que motiva muita gente a correr atrás de um sonho antigo ou uma mudança necessária por conta de hábitos ruins ou circunstâncias da vida.

Confesso que, pela primeira vez, nem caiu direito a ficha que o ano mudou. E a impressão que eu tenho é que muita gente ainda não percebeu. Em 2021, me parece que todo mundo está mais frio em relação a tudo.

Apesar disso, é inegável que promessas, metas, objetivos, resoluções ou como preferir chamar... são mais propensas em começos de ciclos – início da semana, do mês, uma nova fase da vida e, principalmente, ano novo!

Historicamente, a humanidade sempre teve uma predisposição para fazer promessas de ano novo. Os primeiros registros disso vêm dos povos babilônicos.

De lá pra cá, o hábito virou tradição, e diversos estudos, inclusive a nossa observação já consegue concluir as resoluções de começo de ano mais comuns, entre elas: hábitos alimentares, desenvolvimento pessoal, saúde física, finanças pessoais, hobbies, saúde e amor.

ano-novo.jpg
Foto de Suzy Hazelwood no Pexels

Mas, você sabia que a forma como as metas são definidas interfere se serão realizadas ou não?

Alguns experimentos explicam como as metas podem ser bem sucedidas ou não. Para isso, as metas são dividas em dois tipos: “approach-oriented” ou “avoidance-oriented”.

No primeiro caso, envolve tudo aquilo que deve ser desenvolvido ou aprendido. Já a “avoidance-oriented” é para parar de fazer alguma coisa ou evitar situações.

Na prática, é comprovado que as pessoas lidam melhor com os novos hábitos do que deixar de fazer alguma coisa.

Exemplo: uma meta “como caminhar quatro vezes por semana” é mais fácil de atingir do que “ser uma pessoa menos sedentária”.

E lembra daquela história de começos de ciclos?

Criar metas a partir de marcos temporais também tem uma explicação. Nesse caso, tem a ver com o “fresh start effect” ou, em tradução livre, “efeito do novo começo”.

O cérebro humano organiza as memórias em capítulos. Por isso, os momentos de transição ou inícios de novos ciclos permitem novos planejamentos.

Ou seja, se nem tudo sair do papel exatamente agora, não tem problema. Afinal, “o efeito do novo começo” pode acontecer a qualquer momento, não necessariamente em janeiro.