English Version
This year marks two hundred years of German immigration to Rio Grande do Sul, where several cities were founded by settlers who left Germany to try a new life in a territory that the Brazilian government needed to populate and there was also a need for labor for agriculture.
The beginning of German colonization in southern Brazil coincided with the country's independence, which until then had been a Portuguese colony. Before that, only Portuguese and enslaved Africans were allowed to inhabit Brazilian territory.
So, from 1500 to 1822, Brazil was populated by Portuguese, both from the mainland and the Azores islands, and Africans, mainly from Angola, which was also a Portuguese colony.
In addition to Angola, many slaves also came from regions where countries such as Congo, Democratic Republic of Congo, Nigeria, Benin, Togo, Cameroon, Gabon, Equatorial Guinea, Ghana, Ivory Coast, Senegal, Gambia, Guinea, Mozambique, Madagascar, and Sierra Leone are now located.
The northeast region of Brazil received the most slaves, especially Bahia, with Salvador being the Brazilian capital from 1543 to 1763. Rio de Janeiro then became the capital until 1960, when Brasília was built in the central-west region.
From the 19th century onwards, Brazil had millions of slaves, surpassing the population of Portuguese immigrants, who came mainly from Angola, a region that sent more than half a million immigrants, followed by the Democratic Republic of Congo and Congo.
On September 4, 1850, the Eusébio de Queirós Law was established, which prohibited the trafficking of slaves, but maintained the black population already enslaved. It was only on May 13, 1888, that Brazil finally adopted the abolition of slavery with the Lei Áurea, signed by Princess Isabel.
With the independence of Brazil, two needs arose with regard to the population. Many Brazilian regions still needed to have their territory occupied and slave labor needed to be replaced by free workers due to pressure from England with the Act against the Slave Trade approved on March 25, 1807.
From the second half of the 19th century, one million Italians, almost two hundred thousand Spaniards, eighty thousand Germans, more than forty thousand French, Russians, Austrians, British, Swiss, Romanians, Yugoslav, Poles and almost forty thousand Lebanese arrived in Brazil.
In the 20th century, fleeing the economic crisis and lack of opportunities, more Japanese, Syrians, Hungarians, Ukrainians and Lithuanians arrived. Currently, the majority of immigrants are Venezuelans, 147,000. Haitians represent 62,000. Residence permits were also granted to Filipinos, Chinese, Americans and British.
Português (Brasil)
Neste ano, completaram-se duzentos anos da imigração alemã no Rio Grande do Sul, onde diversas cidades foram fundadas por colonos que deixaram a Alemanha para tentar uma nova vida em um território que o governo brasileiro precisava povoar e também havia a necessidade de mão-de-obra para agricultura.
O início da colonização alemã no sul do Brasil coincide com a independência do país que até então era uma colônia portuguesa. Antes, apenas portugueses e africanos escravizados eram permitidos habitar o território brasileiro.
Assim, de 1500 a 1822, o Brasil foi povoado por portugueses, tanto do continente como das ilhas de Açores, e africanos, principalmente de Angola, que também era uma colônia portuguesa.
Além de Angola, muitos escravizados também vieram de regiões onde atualmente se localizam países como Congo, República Democrática do Congo, Nigéria, Benin, Togo, Camarões, Gabão, Guiné Equatorial, Gana, Costa do Marfim, Senegal, Gâmbia, Guiné, Moçambique, Madagascar, Serra Leoa
A região nordeste do Brasil foi a que mais recebeu escravizados, principalmente a Bahia, sendo Salvador a capital brasileira de 1543 a 1763. Depois, o Rio de Janeiro se torna a capital até 1960, quando acontece a construção de Brasília na região centro-oeste.
A partir do século XIX, o Brasil já conta com milhões de escravizados, superando a população de imigrantes portugueses, vindos principalmente de Angola, região que enviou mais de meio milhão de imigrantes, seguida da República Democrática do Congo e do Congo.
Em 4 de setembro de 1850, foi estabelecida a Lei Eusébio de Queirós, que proibia o tráfico de escravizados, mas mantinha a população negra já escravizada. Apenas em 13 de maio de 1888, o Brasil finalmente adota a abolição da escravidão com a Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel.
Com a independência do Brasil, surgiram duas necessidades com relação à população. Muitas regiões brasileiras ainda precisavam de ocupação do território e a mão-de-obra escrava precisava ser substituída por trabalhadores livres devido à pressão da Inglaterra com o Ato contra o Comércio de Escravos aprovado em 25 de março de 1807.
A partir da segunda metade do século XIX, chegaram ao Brasil um milhão de italianos, quase duzentos mil espanhóis, oitenta mil alemães, mais de quarenta mil franceses, russos, austríacos, britânicos, suíços, romenos, poloneses, iugoslavos e quase quarenta mil libaneses.
No século XX, fugindo da crise econômica e da falta de oportunidades, chegaram mais japoneses, sírios, húngaros, ucranianos e lituanos. Atualmente, a maioria dos imigrantes são venezuelanos, 147 mil. Os haitianos representam 62 mil. Também foram concedidas autorizações de residência para filipinos, chineses, americanos e britânicos.