Rolar a tela tornou-se um vício na atualidade. Somos prisioneiros daquilo que chama nossa atenção: fotos, vídeos e uma mistura de informações. Estamos apenas assistindo, enquanto a vida vai passando.
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1️⃣ Português
Depois de um período ausente, estive pensando o quanto as redes sociais atuais tem transformado a maioria de nós em meros expectadores. Nossa única ação é rolar a tela.
A sensação de pertencimento é muito importante para nós. Pensar diferente daqueles que nos rodeiam é difícil. Então, sempre que lutamos contra uma tendência dominante nos sentimos como forasteiros e algumas vezes até nos corrigimos. Precisamos seguir o bando. Fazer diferente é o mesmo que se isolar, é ser chamado de estranho.
Gradualmente começamos a aceitar, a achar normal coisas que antes nos eram alheias. Tudo começa de forma simples, natural. Tocam nossas feridas, nossas emoções e prendem nossa atenção.
Passamos a agir de modo automático, perdemos o controle da nossa vida, das nossas escolhas. O resultado é a criação de grupos de pessoas ignorantes, prontas para compartilhar sua estupidez com todos à sua volta.
Eles estão no controle
Houve uma época em que impor sua vontade sobre os outros era mais comum através da violência. Mas com o passar do tempo foi-se percebendo que é mais fácil manipular as pessoas ganhando sua confiança. É isso que está escondido por trás das propagandas, dos discursos políticos, e em quase tudo à nossa volta.
Hoje as redes sociais tem um papel de destaque neste cenário. Enquanto a maioria não acredita ou não conhece o poder influenciador dessas redes, as empresas seguem explorando suas mentes. Somos um objeto, apenas isto. Quanto mais tempo dedicamos a eles, mais eles terão sucesso.
Manipular é convencer, é fazer acreditar, é levar o outro a agir de maneira que talvez ele não agisse naturalmente. O manipulado adota a opinião do outro como se fosse sua própria opinião. Ele chega a brigar se for necessário.
Eles são os nossos senhores
A intensão é clara: controlar a mente das pessoas a ponto de fazer com que elas deixem de pensar. Torná-los prisioneiros que não querem a liberdade.
Aquele prazer imediato que recebemos é como uma droga, difícil de controlar e ainda mais difícil de largar. Talvez você saiba o que está acontecendo, sabe que está fracassando, mas parece não ter forças para sair. É viciante. Estamos nos entregando ao nosso dominador, como escravos que se submetem livremente ao castigo.
Diante desse cenário, percebi que a maioria das pessoas não está pronta para criar, para realizar seus objetivos de vida, para ser líder, ou simplesmente para ser livre. Isso porque estamos sendo constantemente ensinados a obedecer, a seguir, a dizer: "sim, senhor!".
Roubaram minha expressão. Sequestraram meu direito de pensar. Quanto custa o resgate? Este é o retrato do mundo: de um lado poucos homens que dominam, do outro, milhões de dominados.
Como fugir do cárcere? O que você faz para escapar das armadilhas? Ainda existem opções, mas nosso cérebro está viciado nas luzes da tela do smartphone. Às vezes é difícil desligar até mesmo para dormir.
É triste pensar que deixamos de ver o mundo de forma direta, e passamos a vê-lo através das telas. Você não vive mais o momento, pois está preocupado se a câmera está gravando.
Os dispositivos de armazenamento do nosso computador ou do nosso telefone guardam mais "memórias" do que nós mesmos. Memórias de coisas que nunca vivemos de verdade, apenas assistimos. Enquanto seguramos a câmera, a vida vai passando à nossa frente, despercebida, para nunca mais voltar.
Quando escrevo sinto que tenho a oportunidade de sair, mesmo que momentaneamente, da escuridão encontrada nas fotos bonitas, nos sorrisos cada vez mais brancos e falsos, nos corpos quase irreais. Aqui, pelo menos por um momento me sinto livre. Livre por não precisar postar as fotos de cada viagem feita, de cada restaurante visitado, de cada treino na academia.
Existe uma frase popular que diz que uma imagem vale por mil palavras. Mas neste momento, acredito que nem mil imagens poderiam substituir as letras que aqui registro e que me trazem esse sentimento de liberdade.
Aqui, o meu pensamento encontra espaço para se transformar em letras, letras que se transformam em palavras, palavras que criam frases, e frases que contam histórias. Histórias que nenhuma "selfie" poderia contar.
Pensar liberta!
❤️ Obrigado por ler!
📷 Imagens: Canva AI.
🙋♂️ Sobre mim:
@felipefabar - Analista de sistemas, mas aqui compartilho ideias sobre a vida e curiosidades sobre tecnologia e finanças. Sou apaixonado por cripto e web3.
Agradeço pelos seguidores, votos positivos e comentários!
2️⃣ English
After a while away, I've been thinking about how much today's social networks have turned most of us into mere spectators. Our only action is to scroll.
The feeling of belonging is very important to us. Thinking differently from those around us is difficult. So whenever we fight against a dominant trend we feel like outsiders and sometimes even correct ourselves. We need to follow the pack. To be different is to isolate oneself, to be called an outsider.
Gradually we begin to accept, to find normal things that were alien to us before. It all starts simply, naturally. They touch our wounds, our emotions and grab our attention.
We start to act in an automatic way, we lose control of our lives, of our choices. The result is the creation of groups of ignorant people, ready to share their stupidity with everyone around them.
They're in control
There was a time when imposing your will on others was more common through violence. But over time it has become clear that it is easier to manipulate people by gaining their trust. This is what is hidden behind advertisements, political speeches and almost everything around us.
Today, social networks play an important role in this scenario. While most people don't believe in or know about the influential power of these networks, companies continue to exploit their minds. We are an object, that's all. The more time we devote to them, the more successful they will be.
Manipulation is convincing, it's making people believe, it's getting them to act in a way that they might not act naturally. The manipulated person adopts the other person's opinion as if it were their own. They will even fight if necessary.
They are our masters
The intention is clear: to control people's minds to the point where they stop thinking. Make them prisoners who don't want freedom.
That immediate pleasure we get is like a drug, hard to control and even harder to let go of. Maybe you know what's going on, you know you're failing, but you don't seem to have the strength to leave. It's addictive. We are surrendering to our dominator, like slaves who freely submit to punishment.
Faced with this scenario, I realized that most people are not ready to create, to achieve their life goals, to be a leader, or simply to be free. This is because we are constantly being taught to obey, to follow, to say: "yes, sir!".
They've stolen my expression. They've kidnapped my right to think. How much is the ransom? This is the picture of the world: on the one hand, a few men who dominate, and on the other, millions of dominated people.
How do you escape imprisonment? What do you do to escape the traps? There are still options, but our brains are addicted to the lights of the smartphone screen. Sometimes it's hard to switch off even to sleep.
It's sad to think that we no longer see the world directly, but through screens. You no longer live in the moment because you're worried about whether the camera is recording.
The storage devices in our computer or phone hold more "memories" than we do. Memories of things we never really experienced, we just watched. While we hold the camera, life passes in front of us, unnoticed, never to return.
When I write, I feel I have the opportunity to escape, even if only momentarily, from the darkness found in beautiful photos, in increasingly white and fake smiles, in almost unreal bodies. Here, at least for a moment I feel free. Free because I don't have to post photos of every trip I've taken, every restaurant I've visited, every workout at the gym.
There's a popular saying that a picture is worth a thousand words. But right now, I believe that not even a thousand images could replace the letters that I record here and that bring me this feeling of freedom.
Here, my thoughts find space to turn into letters, letters that turn into words, words that create sentences, and sentences that tell stories. Stories that no "selfie" could tell.
Thinking frees!
❤️ Thank you for reading!
📷 Images: Canva AI.
✏️ Translation: DeepL.
🙋♂️ About me:
@felipefabar - Systems analyst, but here I share ideas about life and curiosities about technology and finance. I am passionate about crypto and web3.
Thanks for the followers, upvotes and comments!
3️⃣ Español
Tras un tiempo ausente, he estado pensando hasta qué punto las redes sociales actuales nos han convertido a la mayoría en meros espectadores. Nuestra única acción es desplazarnos.
El sentimiento de pertenencia es muy importante para nosotros. Pensar de forma diferente a los que nos rodean es difícil. Por eso, cada vez que luchamos contra una tendencia dominante nos sentimos como extraños y a veces incluso nos corregimos. Necesitamos seguir a la manada. Ser diferente es aislarse, ser llamado outsider.
Poco a poco empezamos a aceptar, a encontrar normales cosas que antes nos eran ajenas. Todo empieza de forma sencilla, natural. Tocan nuestras heridas, nuestras emociones y captan nuestra atención.
Empezamos a actuar de forma automática, perdemos el control de nuestras vidas, de nuestras elecciones. El resultado es la creación de grupos de ignorantes, dispuestos a compartir su estupidez con todos los que les rodean.
Tienen el control
Hubo un tiempo en que imponer tu voluntad a los demás era más común a través de la violencia. Pero con el tiempo se ha comprendido que es más fácil manipular a la gente ganándose su confianza. Esto es lo que se esconde detrás de los anuncios, los discursos políticos y casi todo lo que nos rodea.
Hoy en día, las redes sociales desempeñan un papel importante en este escenario. Aunque la mayoría de la gente no cree ni conoce el poder de influencia de estas redes, las empresas siguen explotando sus mentes. Somos un objeto, eso es todo. Cuanto más tiempo les dediquemos, más éxito tendrán.
Manipular es convencer, es hacer creer, es conseguir que actúen de una manera que quizá no actuarían de forma natural. La persona manipulada adopta la opinión de la otra persona como si fuera la suya propia. Incluso lucharán si es necesario.
Son nuestros amos
La intención es clara: controlar la mente de las personas hasta el punto de que dejen de pensar. Convertirlos en prisioneros que no desean la libertad.
Ese placer inmediato que obtenemos es como una droga, difícil de controlar y aún más difícil de soltar. Quizá sabes lo que pasa, sabes que estás fallando, pero no pareces tener fuerzas para dejarlo. Es adictivo. Nos rendimos a nuestro dominador, como esclavos que se someten libremente al castigo.
Ante este panorama, me di cuenta de que la mayoría de las personas no están preparadas para crear, para realizar sus objetivos vitales, para ser líderes o, simplemente, para ser libres. Esto se debe a que constantemente se nos enseña a obedecer, a seguir, a decir: "¡sí, señor!".
Me han robado mi expresión. Han secuestrado mi derecho a pensar. ¿Cuánto es el rescate? Esta es la imagen del mundo: por un lado, unos pocos hombres que dominan y, por otro, millones de personas dominadas.
¿Cómo escapar de la prisión? ¿Qué hacer para escapar de las trampas? Todavía hay opciones, pero nuestros cerebros son adictos a las luces de la pantalla del smartphone. A veces es difícil desconectar incluso para dormir.
Es triste pensar que ya no vemos el mundo directamente, sino a través de pantallas. Ya no vives el momento porque estás preocupado por si la cámara está grabando.
Los dispositivos de almacenamiento de nuestro ordenador o teléfono guardan más "recuerdos" que nosotros mismos. Recuerdos de cosas que en realidad nunca vivimos, sólo miramos. Mientras sostenemos la cámara, la vida pasa por delante de nosotros, desapercibida, para no volver jamás.
Cuando escribo, siento que tengo la oportunidad de escapar, aunque sólo sea momentáneamente, de la oscuridad que se encuentra en las fotos bonitas, en las sonrisas cada vez más blancas y falsas, en los cuerpos casi irreales. Aquí, al menos por un momento me siento libre. Libre porque no tengo que publicar fotos de cada viaje que he hecho, de cada restaurante que he visitado, de cada entrenamiento en el gimnasio.
Hay un dicho popular que dice que una imagen vale más que mil palabras. Pero ahora mismo, creo que ni siquiera mil imágenes podrían sustituir a las letras que registro aquí y que me aportan esta sensación de libertad.
Aquí, mis pensamientos encuentran espacio para convertirse en letras, letras que se convierten en palabras, palabras que crean frases y frases que cuentan historias. Historias que ningún "selfie" podría contar.
Pensar te hace libre
❤️ ¡Gracias por leer!
📷 Imágenes: Canva AI.
✏️Traducción: DeepL.
🙋♂️ Sobre mí:
@felipefabar - Analista de sistemas, pero aquí comparto ideas sobre la vida y curiosidades sobre tecnología y finanzas. Me apasionan las criptomonedas y la web3.
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