I've always been involved with music, I'm ruled by music. From my first chords on a cheap guitar at the age of 13 to today, at 36, I've been in many proto-bands. None of them has actually become a "real" band in the strict sense of the word, but the idea of making music for me has always been above that ephemeral youthful dream, but at the same time outside the normal quadrant of a person who assumes themselves to be a professional musician. The bands that worked best were the unconventional ones, where we made improvised, experimental music and never performed live, they were always "studio/garage" bands. It took a long (long) time for me to finally start composing songs in the most normal sense of the term, songs with verses and choruses, sung, and these songs have unfortunately not yet been recorded, but they will be at some point in the near future. But all this constant flirting with sound exploration led me down other paths of experimentalism as soon as I decided to leave the most important band I've ever played in.
At that moment I wanted to confirm to myself that I was making the right decision, abandoning a more traditional path, the whole concept of playing live, on stage, all that stuff that consumes a being struggling with social anxiety. And that's when I plunged into something that I imagined could be my proof that yes, I was a musician, yes I had potential, but my path was different, very different from that of "normal" people, without this sounding pretentious. With a dream in mind and a free Reaper license, sound clippings fished from a soulseek, television fragments from youtube and anything else that came to mind, I put together the first ULTRASONHO album.
ULTRASONHO is the sonic materialization of fragmented nostalgia, a vaporous tapestry of mnemonic clippings that interconnect the experience of childhood diluted in the cognitive shuffle of time that distorts and reconstructs perceptions. The project is somewhat visionary in being one of the first to bring signalwave, broken transmission, plunderphonics and slushwave to the Brazilian scene, which is unfortunately lagging behind in this type of sound. By melding all these genres together with the most varied and chaotic sound references (from Udyiana Bandha to Current93, from 90s TV commercials to obscure Japanese songs lost in time) ULTRASONHO builds a unique scenario, a fertile ground for future musicians from these genres and future genres still in the making.
Here's a bit of the first album - Eliminal - and some clips I made with a meticulous job of cutting out the same type of content. Unfortunately, due to copyright (a problem inherent to the plunderphonics genre) I was unable to get the album onto the streams (Spotify, etc.), which reduced my visibility (not that I thought it would make any difference, given everything we know about Spotify's clear and blatant corruption), but the Eliminal album is on Bandcamp and also up on Youtube (which can be listened to both on the video platform and on Youtube premium in video form). Thank you very much for your attention!
Português
Eu sempre estive envolvido com música, eu sou regido por música. De meus primeiros acordes em um violão barato aos 13 anos até o momento de hoje aos 36 eu passei por muitas proto-bandas. Nenhuma se tornou de fato uma banda "de verdade" no sentido estrito da palavra, mas a ideia de fazer música pra mim sempre esteve acima daquele sonho efêmero juvenil mas ao mesmo tempo fora do quadrante da normalidade de uma pessoa que se assume como músico profissional. As bandas que mais deram certo foram as não convencionais, onde fazíamos músicas improvisadas, experimentais e que nunca se apresentavam ao vivo, eram sempre bandas de "estúdio/garagem". Levou muito (muito) tempo para que eu começasse enfim a compor músicas no sentido mais normal do termo, músicas com verso e refrão, cantadas, e essas músicas infelizmente ainda não foram gravadas, mas serão, em algum momento do futuro próximo. Porém todo esse flerte constante com a exploração sonora me levaram para outros caminhos do experimentalismo, logo que eu decidi sair da banda mais importante que já toquei.
Naquele momento eu queria confirmar pra mim mesmo que estava fazendo a decisão correta, abandonar um rumo mais tradicional, todo o conceito de tocar ao vivo, em palco, aquela coisa toda que consome em carne viva um ser que luta contra a ansiedade social. E foi aí que mergulhei em algo que eu imaginava que poderia ser minha comprovação de que sim, eu era músico, sim eu tinha potencial mas o meu caminho era outro, muito diferente do que das pessoas "normais" sem que isso pareça pretensioso. Com um sonho na mente e um Reaper de licença gratuita, recortes sonoros pescados através de um soulseek, fragmentos televisivos do youtube e tudo mais que me viesse na mente, eu montei o primeiro álbum do ULTRASONHO.
ULTRASONHO é a materialização sonora da nostalgia fragmentada, uma tapeçaria vaporosa de recortes mnemônicos que interligam a experiência da infância diluída no embaralhamento cognitivo do tempo que distorce e reconstrói percepções. O projeto é de certa forma visionário ao ser um dos primeiros a trazer signalwave, broken transmission, plunderphonics e slushwave para o cenário brasileiro, que está infelizmente atrasado nesse tipo de sonoridade. Ao derreter todos esses gêneros juntamente com referências sonoras das mais variadas e caóticas (de Udyiana Bandha à Current93, de comerciais de TV dos anos 90 e músicas obscuras japonesas perdidas no tempo) ULTRASONHO constrói um cenário único, um solo fértil para futuros músicos destes gêneros e de futuros gêneros ainda em construção.
Deixo aqui um pouco do primeiro álbum - Eliminal, alguns clipes que fiz com um meticuloso trabalho de recortes do mesmo tipo de conteúdo. Infelizmente devido a direitos autorais (um problema inerente ao gênero plunderphonics) eu não consegui colocar o album nos streamings (Spotify, etc), o que diminui minha visibilidade (não que eu acreditasse que isso faria diferença, dado tudo que sabemos sobre a corrupção nítida e gritante do Spotify), mas o álbum Eliminal está no Bandcamp e também upado no Youtube (que pode ser ouvido tanto na plataforma de vídeo quanto no Youtube premium em forma de vídeo). Agradeço muito a atenção!